A ciência tem evoluído e, com ela, a tecnologia e o imediatismo, com impacto na Maternidade.
Pese embora esta evolução seja fantástica, é fácil cair na tentação de aderir a uma intervenção com o intuito de resolver um problema que nem sempre somos nós a considerar.
Começa quando pensamos em engravidar e, à primeira ou segunda tentativa, sem sucesso, já colocamos a hipótese de ter de procurar ajuda especializada. Depois, quando engravidamos, envolvidos por um amor por quem ainda mal sentimos mexer dentro de nós, somos levados a consumir uma panóplia de artigos, muitos dos quais nem chegamos a utilizar.
No sentido de nos sentirmos preparados, contamos com os inúmeros profissionais (ou não) que esplanam nas redes sociais, livros e cursos, partilhando todas as técnicas de elevada performance parental, que acreditamos conseguir reter para aplicar quando o bebé nascer. Mas eis que este nasce e somos confrontados com o facto de que talvez toda aquela literatura e informação tenham sido insuficientes para nos conhecermos ao ponto de nos compreendermos…
Se achávamos que tínhamos tudo, desde artigos de puericultura até informação para uma parentalidade positiva… deparamo-nos com uma panóplia de opiniões e dicas de boas práticas capazes de transformar toda aquela segurança que vínhamos a construir em insegurança, fazendo-nos questionar se somos suficientemente bons pais para o nosso bebé.
Entramos novamente numa espiral de intervenções, consumo, comparação e desespero… numa tentativa incessante de nos tornarmos no que já somos, enquanto alguém nos fez acreditar no contrário…
Diga-me com sinceridade: Acha que há no mundo alguém que ame mais o seu filho do que você? Então deixe que o amor por esse bebé, que mal lhe cabe no peito, seja a lente que medeia as suas tomadas de decisão.
Faça-o por ele e não pelos outros.
Na verdade, qual é a história que você vai querer contar aos seus filhos? De arrependimento ou de superação? Não precisa responder… Escreva a sua história de Maternidade; eu já escrevi a minha.